Sobe para 133 o número de macacos com suspeita de febre amarela em Salvador

    Com informações do A Tarde ( Foto: Reprodução)

    Salvador registrou a captura de 133 macacos desde o início de janeiro deste ano, sendo 122 mortos e 11 vivos (aparentemente doentes), que passaram por exames laboratoriais para detecção da febre amarela ou raiva.

    Os materiais coletados dos animais já foram encaminhados ao Laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, referência nacional para esse tipo de análise.

    A diretora de vigilancia à Saude da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Geruza Morais, ressalta que o número é considerado alto, uma vez que, em todo o ano de 2017, foram capturados 238 macacos com suspeita de febre amarela, dos quais apenas 13 tiveram confirmação da doença.

    Um levantamento do Ministério da Saúde divulgado na última quinta-feira, 1º, aponta que, entre 1º de julho de 2017 e 28 de fevereiro de 2018, foram confirmados 723 pacientes com febre amarela no país, que resultaram em 237 mortes.

    Imunização

    Desde o dia 19 de fevereiro, a SMS iniciou a campanha de vacinação contra febre amarela em doses fracionadas. Entretanto, pouco mais de 17 mil doses foram aplicadas. No total, 56% da população foi imunizada.

    Segundo a SMS, este é considerado um número baixo, que está longe da meta de imunizar 95% da população. “As pessoas só se vacinam quando tem algum surto ou uma exposição maior na mídia. No início do ano, quando fizemos uma mobilização na imprensa, houve um aumento de 700% na procura”, destaca Geruza. “Porém, uma semana depois, a procura caiu novamente”, completa

    De acordo com a SMS, mais de 1,8 milhão de pessoas ainda precisam se vacinar na capital baiana. A vacina está disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, nas 41 unidades de referência da rede municipal.

    Indicação

    O Ministério da Saúde afirma que a vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Para estes grupos, a orientação é que a pessoa busque ajuda médica.