Omissões podem resultar em nova prisão de Mauro Cid

Caso o ministro conclua que Cid mentiu ou omitiu em sua colaboração premiada ele pode voltar à prisão

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Nesta quinta-feira (21), o tenente-coronel Mauro Cid será ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. A audiência, marcada para as 14h, tratará de contradições entre a delação premiada de Cid e as descobertas da Polícia Federal (PF) sobre um plano de golpe de Estado. Será a primeira vez que Moraes, relator do caso, conduzirá pessoalmente o depoimento.

Este é o segundo depoimento de Mauro Cid nesta semana. Na última terça-feira (19), o militar esteve na sede da PF para esclarecer dados recuperados de dispositivos eletrônicos que haviam sido apagados. Caso o ministro conclua que Cid mentiu ou omitiu informações em sua colaboração premiada, a delação poderá ser revogada, com risco de ele voltar à prisão. Em março deste ano, Cid já havia sido preso por descumprir medidas cautelares e obstruir investigações.

Na mesma terça-feira, a PF, com autorização de Moraes, prendeu quatro militares e um policial federal suspeitos de participar de um plano golpista. De acordo com as investigações, o grupo teria elaborado um documento detalhando ações para um golpe de Estado, incluindo planos para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.